AS
CORES NA IMPRESSÃO
Antes de introduzir um pouco de teoria sobre as cores é preciso entender que o olho humano enxerga as cores segundo um sistema diferente daquele que determina a cor numa folha de papel impressa. As diferenças são explicadas pelos sistemas conhecidos como síntese aditiva e síntese subtrativa. Em cada um desses sistemas, as cores interagem entre si de modo diferente.
Para
que exista cor é necessário que exista luz. Para explicar essa afirmação é
preciso lembrar que a luz é um tipo de onda eletromagnética, e no chamado
espectro eletromagnético as ondas compreendidas entre 400 e 700 nm (nanômetros
= 0,000000001 mm), quando recebidas pelo olho humano, resultam na sensação das
cores. Essa parte do espectro eletromagnético é chamada de espectro visível, em
que predominam as cores primárias vermelho, verde e azul (o famoso RGB), que se
formam por uma síntese aditiva. Já a luz branca é formada pela adição das
outras três luzes coloridas.
No
entanto, quando combinamos o vermelho, o verde e o azul entre si, obtemos suas
cores complementares: vermelho + verde = amarelo, vermelho + azul = magenta e
verde + azul = ciano. Esta é a síntese subtrativa, em que as cores são geradas
a partir da luz refletida de pigmentos, que têm um poder seletor sobre a luz
que os atinge e agem como filtros. Cada tipo de pigmento absorve (subtrai) uma
ou mais radiações. Assim, quando se juntam dois pigmentos com características
de seleção diferentes é maior a subtração de radiações, até a subtração total,
o preto. Já combinadas entre si, resultam em uma enorme gama de tonalidades, e
sua sobreposição resultará no preto.
A
REPRODUÇÃO DAS CORES NA IMPRESSÃO
A
impressão offset utiliza o princípio da síntese subtrativa para a reprodução
das cores (amarelo, ciano e magenta). Porém, para garantir maior fidelidade de
cor na impressão, usa-se também o preto, formando assim o CMYK (Y = yellow e K
= preto), ou QUADRICROMIA.
Ao
imprimir uma publicação em 4 cores será possível alcançar uma boa reprodução
das cores “reais”, embora o espectro percebido pelo olho humano seja maior do
que a combinação das 4 cores.
O
GERENCIAMENTO DE CORES: PROVA X IMPRESSÃO
Monitores,
scanners e algumas impressoras coloridas se baseiam na cor aditiva (RGB), o que
acarreta uma necessidade de gerenciar as cores dependendo da fase do trabalho.
Todos os equipamentos envolvidos na produção gráfica de um impresso devem estar
ajustados para que o resultado final do trabalho seja aquele desejado pelo
designer e, principalmente, pelo cliente. Por isso a experiência da agência,
seu método de trabalho e seus equipamentos, bem como a qualidade dos fotolitos
e da gráfica têm que ser levados em conta quando se encomenda um trabalho.
O
USO DE CORES ESPECIAIS
Em
alguns casos específicos, a quadricromia não é capaz de atender completamente a
necessidade do trabalho. Nesse caso devem ser usadas as cores especiais, ou
sólidas, que podem ser orientadas por escalas reconhecidas mundialmente. A
Pantone é uma das mais utilizadas, com cerca de 1.012 cores.
AS
CORES X OS TIPOS DE PAPEL
Quando
um designer concebe um trabalho em QUADRICROMIA quase sempre tem em mente o
papel que utilizará na impressão, pois o resultado final está diretamente
ligado à escolha do papel. As características a serem consideradas em geral
são: COR (branco, branco azulado, amarelado, colorido); ABSORÇÃO (o papel
revestido – tipo couchê – retém menos tinta que o offset, logo, as cores
impressas ficam mais “vivas”); BRILHO e GRAMATURA.
Recomendo
que use sempre um CATÁLOGO DE CORES para escolher a cor certa para o seu
trabalho. DICA:
“UMA
LUZ SOBRE AS CORES: Guia prático de quadricromia”
desenvolvido
pela ELMEFARIA Comunicação e Design - www.elmefaria.com.br
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